Na última quarta-feira (14), o governo de Pernambuco anunciou os dois primeiros casos da variante Delta do coronavírus, mais infecciosa que as demais cepas. Os casos foram identificados em tripulantes filipinos de um navio cargueiro, que está no porto de Recife. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou que nove tripulantes do cargueiro testaram positivo para a covid-19, entre os 19 presentes na embarcação. Três estão no hospital, sendo os dois com a variante delta, e mais um tripulante, que está em um leito de Unidade de Terapia Intensiva.
Identificada pela primeira vez na Índia, em outubro do ano passado, a variante Delta se espalhou pelo mundo e está presente em mais de cem países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A chegada ao Brasil levanta preocupações devido à maior transmissibilidade e à redução da eficácia de primeira dose de vacinas contra covid-19 – como resposta, diferentes Estados, incluindo o Rio Grande do Sul, estão antecipando a segunda aplicação da AstraZeneca e da Pfizer.
A baixa cobertura vacinal da segunda dose no país, torna a situação mais preocupante, visto que, se não ampliada a imunização, essa variante poderá intensificar o processo de adoecimentos e internamentos. Estudos mostram que pessoas com a imunização completa (duas doses), possuem alta proteção contra as formas graves da doença.
O Brasil tem um número elevado de pessoas que já foram contaminadas por Covid-19, se for intensificada a vacinação, existe uma grande possibilidade de, mesmo sendo mais transmissível, os impactos não sejam tão devastadores. O que se pode afirmar é a importância da vacinação e da manutenção de todas as medidas preventivas que todos nós já sabemos.
É importante destacar que os sintomas da contaminação pela Delta são um pouco diferentes das outras variantes. O olfato e paladar não costumam ser afetados. Os sintomas iniciais mais comuns são: dor de cabeça, nariz escorrendo, garganta dolorida e febre. Por serem muito semelhantes a quadros de alergia ou resfriados, a população poderá se confundir, e continuar com sua rotina normal, levando a uma maior contaminação. Não se sabe se essa variante é mais letal, pois por se disseminar mais rápido, poderá contaminar mais pessoas, e pela lógica: mais doentes, mais mortes.
Diante de tantas incertezas, vamos continuar nos cuidando e cobrando do poder público mais vacinas.
Essa foi a Coluna Saúde de hoje. Me acompanhe através do Instagram: @nayara_gsousa.
