O “Fala Pernambuco”, projeto realizado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco em parceria com o Sebrae-PE, ouviu nesta quarta-feira (11) as demandas de gestores públicos e representantes dos setores produtivos da região do Agreste Setentrional.
A conclusão de obras viárias e a garantia de abastecimento regular de água foram as principais queixas dos participantes, que solicitaram, ainda, a finalização da duplicação de rodovias estaduais e um investimento maior no turismo regional. Em sua 5ª edição, realizada nesta quarta, o “Fala Pernambuco” também discutiu a necessidade de qualificação profissional e geração de novas linhas de crédito, além de mais incentivo ao polo de confecções.
O presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP), que mediou o debate desde a sua primeira edição, garantiu que todas as demandas serão encaminhadas às autoridades competentes, em especial às responsáveis pela infraestrutura viária e hídrica.
O deputado adiantou que a intenção é que, ao final do ciclo de escutas do “Fala Pernambuco”, o conjunto de propostas seja entregue oficialmente ao governo do Estado. De acordo com Eriberto Medeiros, o foco do projeto é fortalecer a cadeia produtiva de Pernambuco e servir como ponte para que os problemas solucionados.
“Nossa iniciativa é saber das dificuldades, detectar o que precisa ser melhorado para fortalecer a economia dos municípios. A Assembleia Legislativa procura cumprir seu papel de atender as necessidades das pessoas e de se aproximar da população”, afirmou Eriberto.
O prefeito de Toritama, Edilson Torres, representou os gestores da região e destacou a importância do Polo de Confecções como o responsável pela maior cadeia produtiva do Agreste Setentrional. O setor gera 150 mil empregos diretos e 20 mil em unidades de produção. “Entraves como falta de água, problemas de mobilidade e o alto custo da carga tributária têm dificultado o crescimento dos pequenos negócios”, cobrou.
O secretário de Turismo de Taquaritinga do Norte, José Aloício de Lima Silva, pediu a aprovação do projeto de Lei 2237/2021, que cria a política Estadual de Incentivo ao Turismo Rural. “Precisamos melhorar a acessibilidade. As estradas locais necessitam de requalificação e é precária a sinalização turística. É preciso investir nisso”, enfatizou.
A representante da Associação Empresarial de Santa Cruz do Capibaribe, Maria Lúcia do Nascimento, solicitou a revisão dos impostos que recaem sobre o setor de confecções e mais investimento do governo do Estado no turismo de negócios.
“A conclusão da duplicação da PE-104 se faz urgente, além de mais segurança nas rodovias”, pediu.O empresário e representante da indústria de Santa Cruz do Capibaribe, Josivam Ramos, apontou a falta de água como sendo um gargalo para o polo de confecção da região.
“O racionamento é constante. Em Santa Cruz, nós temos 28 dias sem água e dois com água. E alguns bairros, aonde a água não chega faz anos, o abastecimento é feito por carros-pipas”, lamentou.Para o superintendente do Sebrae -PE, Francisco Saboya, o fortalecimento dos municípios passa pelos pequenos negócios.
“O problema é que a legislação municipal não acompanha o surgimento desses empreendedores e o ambiente se tornou desfavorável”, avaliou.