O deputado federal Danilo Cabral deixará a liderança do PSB na Câmara em fevereiro de 2022. Em reunião da bancada nesta terça-feira (14), quando anunciou que será sucedido por Bira do Pindaré (PSB-MA), recebeu dos colegas o reconhecimento por uma gestão que recuperou a harmonia da bancada. Sob sua liderança, o partido se destacou no enfrentamento ao Governo Bolsonaro e na luta em prol de melhores condições de vida para a população brasileira, com justiça social e defesa de áreas estratégicas como a saúde e a educação.
O socialista agradeceu a confiança da bancada por ter delegado a ele a importante função de representá-los. “Assumi a Liderança em um momento conturbado do nosso país e fui feliz em representar uma das mais respeitadas bancadas do Parlamento. Somos um partido com diversos colegas e leituras, mas temos valores que nos unem como a defesa da democracia, da soberania e da luta social pelos que estão em condições menos favoráveis. A voz do partido somos todos nós. Fico feliz de o companheiro Bira assumir essa nova etapa do partido”, afirmou Danilo.
Danilo tomou posse à frente da Bancada do PSB no dia 3 de fevereiro de 2021 com o compromisso de estabelecer diálogos para discussão de problemas decorrentes da crise sanitária, econômica e social. Enquanto líder, o deputado questionou o fim do piso de gastos com saúde e educação proposto pelo Governo na PEC do Auxílio Emergencial e tentou garantir o valor de R$ 600 para o auxílio. O socialista batalhou para que a Eletrobras não fosse privatizada e lamentou a entrega de mais um patrimônio nacional. Danilo pediu a convocação do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para prestar esclarecimentos sobre o reajuste nos preços dos combustíveis e a política de preços da Petrobras.
O líder do PSB foi autor da Lei que garantiu acesso à internet e tablets com fins educacionais para alunos e professores das redes públicas do país e entrou na justiça para impedir que Bolsonaro usasse de medida provisória para barrar a lei. O parlamentar lutou pela recomposição do orçamento da educação, e afirmou que o desmonte na educação é uma medida intencional do governo Bolsonaro. O deputado pediu ao TCU a investigação de informações de interferência da alta gestão do Inep nas provas do Enem, e foi escolhido relator do Grupo de Trabalho que acompanhou a crise na autarquia.
O deputado cobrou do ministro da Saúde medidas para que os insumos necessários no combate a Covid-19 fossem repostos em diversas regiões do país e pediu que o ministro da Cidadania, João Roma, incluísse pessoas de baixa renda, inscritas no CadÚnico, no grupo prioritário de imunização contra a doença. Danilo apresentou, ainda, proposta que autorizou a licença provisória para exploração de patentes e pedidos de patente de tecnologia úteis para o enfrentamento da pandemia, com vistas a garantir o maior número de vacinas. Seu PL foi apensado ao projeto que virou lei.
Danilo foi relator do projeto que prorrogou a Lei Aldir Blanc – auxílio emergencial para o setor cultural -, do projeto que garantiu a suspensão da prova de vida presencial no INSS até o dia 31 de dezembro, devido à pandemia, e da proposta que cria o plano de enfrentamento aos efeitos da pandemia na educação. E neste ano, foi aprovada, em Comissão Especial, a PEC do SUAS, de sua autoria, que prevê a destinação de 1% da Receita Corrente Líquida da União para o Sistema Único de Assistência Social.
O deputado cobrou do governo a retomada da Operação Carro-Pipa, responsável pela distribuição de água na região rural do semiárido, abrangendo os estados do nordeste e parte de Minas Gerais e Espírito Santo.
Foto: Dinho Souto/ Liderança do PSB na Câmara