A dependência financeira é um dos principais fatores para que as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar não denunciem seus agressores e sigam sobrevivendo aos abusos e agressões cotidianas. Esta é uma realidade que se agravou ainda mais com a crise do Covid-19, que derrubou a participação das mulheres no mercado de trabalho a 45,8% no terceiro trimestre de 2020 — nível mais baixo desde 1990, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Visando romper com essa realidade cruel e reverter as estatísticas, a Delegada Gleide Ângelo apresenta mais uma proposta inovadora em parceria com o deputado federal Felipe Carreras: a criação e o financiamento, por meio de emendas parlamentares, de cooperativas lideradas e mantidas por mulheres de baixa renda. “As mulheres sempre foram ensinadas a ser donas de casa ou, no máximo, boas funcionárias. São gerações de mulheres que não sabem lidar com dinheiro e, por isso, nossa preocupação em iniciar esse novo projeto e começar pelo o mais básico: o be-a-bá do empreendedorismo”, explica a Delegada.
Assim, o projeto idealizado pela deputada pernambucana prevê não apenas a criação das cooperativas, como também o oferecimento de capacitações voltadas para o empreendedorismo e a economia solidária — garantindo, desta maneira, a qualificação e a capacitação para o mundo dos negócios, visto que àquelas que conseguem empreender, não conseguem a autonomia financeira devido à falta de experiência em gerenciamento e administração. A princípio, o projeto será lotado na região metropolitana, mas deve ser expandido por todo o estado.
“A defesa da mulher é uma de minhas mais fortes bandeiras de mandato, por isso, me aliei à Delegada Gleide Ângelo para ajudar essas mulheres na transformação de suas vidas e mudar esse cenário. Nosso objetivo é que essas mulheres consigam romper e sair do ciclo, violência para conquistar a independência financeira e recuperem sua dignidade”, explica Carreras cuja parceria com Gleide já tem rendido importantes pautas pelos direitos das mulheres.
“Desde que o mundo é mundo, a mulher sempre foi excluída dos espaços públicos, políticos e econômicos. A figura do marido que sustenta a casa e da mulher submissa precisa ser desconstruída, porque não estamos falando de uma disputa por espaços, afinal, existe espaço para todos”, conclui a deputada estadual candidata à reeleição.