Nos últimos trinta anos, os estudos sobre TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade foram se avolumando de maneira exponencial cada vez mais detalhados e bem definidos, melhorando a compreensão acerca de suas consequências para o desenvolvimento do indivíduo. Eles trouxeram, com mais solidez, certezas sobre sua persistência ao longo da vida. Ficou claro que apesar de mais descrito e presente em crianças, pode também acometer adultos. Mas as manifestações são diferentes, apesar de ser o mesmo transtorno, a idade parece influenciar, pois nos adultos se modificam os tipos de comorbidades e os riscos associados a outras realidades e situações da vida.
Geralmente pessoas que tem o transtorno em fase adulta vão sozinhos em busca de avaliação médica. Contudo, um acompanhante familiar é importante nesse momento, pois podem oferecer muitas informações de como o paciente se comporta e os problemas mais visíveis, assim como informações da infância, que podem contribuir de maneira decisiva para a avaliação médica.
Alguns sintomas e sinais mais comuns no TDAH em adulto:
– Acha difícil tolerar e esperar. É impaciente.
– Toma decisões de maneira impulsiva.
– Adia tarefas até o último minuto.
– Esquece de fazer coisas de sua responsabilidade.
– Tem dificuldade em organizar suas ideias e pensar claramente.
– Esquece o ponto que estava tentando argumentar em um diálogo.
– Não consegue cumprir prazos.
– Tem tendência a sonhar acordado quando deveria se concentrar em algo.
– Começa projetos ou tarefas sem ler ou ouvir as instruções com cuidado.
– É facilmente distraído por pensamentos irrelevantes quando tem que focar em algo.
– tem dificuldade em dizer o que quer.
– É menos capaz de se lembrar de eventos vividos na infância.
– Entedia-se facilmente.
– Faz melhor quando há recompensa imediata.
– Não tem autodisciplina.
– Fica frustrado com facilidade.
– Parece não conseguir fazer as coisas, a menos que o prazo seja imediato…
O diagnóstico no adulto, portanto, se alicerça nos critérios do DSM-5, na avaliação de nuances clínicas anteriores e das características descritas nos itens citados anteriormente, sempre avaliando em conjunto os aspectos dos prejuízos observados.
Mesmo assim, algumas informações não devem ser desprezadas. É comum esses pacientes parecerem mais imaturos e infantis no meio social, pois são inconstantes, impulsivos, facilmente enganados e levados pelos outros.
Com relação ao tratamento, assim como na infância e adolescência, também é multidisciplinar, com medicações psicoestimulantes, suporte ás comorbidades, terapia cognitivo-comportamental e utilização de psicoeducação e autoajuda para que a pessoa aprenda a lidar com suas dificuldades associadas ao TDAH no dia a dia.
Vale salientar que a psicoterapia comportamental é um dos tipos de tratamento não medicamentoso, mais eficiente para tratar TDAH em adultos.
Você acha que tem algum familiar com TDAH? Oriente-o a procurar ajuda médica com neurologista para possível diagnóstico. O psicólogo ou psicopedagogo poderá identificar os primeiros sinais e fazer os encaminhamentos necessários.
Simone Freitas
Psicopedagoga. Especialista em neuropsicopedagogia. Aplicadora ABA e DENVER II. Palestrante. Supervisora e mentora de psicopedagogos. Fundadora do Psicopedagogiando PE.
Coluna revisada por:
Adeilza Ramos – Pedagoga
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