Desde dezembro de 2019, cinco nomes fazem parte da lista de Patrimônios Vivos de Caruaru: Azulão, João do Pife, Mestre Luiz Antonio, Mestre Sebá e o Grupo Boi Tira-Teima. Esses nomes foram escolhidos por votação popular e por uma comissão formada por representantes da Fundação de Cultura e Turismo; Conselho Municipal de Políticas Culturais e Câmara Municipal. Os escolhidos passaram a receber suporte financeiro e também de preservação.
Se você não sabia sobre esses reconhecimentos oficiais, reunimos aqui um breve perfil sobre a contribuição desses ícones para a história da Princesinha do Agreste. Confira.
Azulão
Cantor e compositor, Francisco Bezerra de Lima, o Azulão nasceu a 25 de junho de 1942, em Brejo de Taquara, distrito de Caruaru. Ainda criança, foi, com a família, morar no centro da sua cidade. Começou a cantar nos programas de calouros da extinta Rádio Difusora de Caruaru. Teve como influência em sua carreira de compositor os ídolos Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Depois o Maestro Camarão, criador da primeira banda de forró do Brasil, Banda do Camarão, chamou Azulão para fazer parte do conjunto. Na sua voz, foram eternizadas músicas como: Dona Tereza, Mané Gostoso, Caçote e Caruaru do Passado. Seu trabalho pode ser conferido no YouTube.
João do Pife
Nascido em 20 de junho de 1943, o Mestre João do Pife iniciou a carreira de músico aos seis anos de idade. Muitas das músicas tocadas até hoje na Banda de Pífanos Dois Irmãos foram aprendidas com o pai dele. O músico também fabrica os instrumentos percussivos e os pífanos, além de compor e dar aulas. Compositor de mais de 50 músicas, entre baião, xote, ciranda e outras músicas da cultura popular nordestina; João já viajou com a Banda Dois Irmãos para países como França, Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, entre outros. Nesse link, você confere um especial sobre a vida do mestre.
Mestre Luiz Antônio
Luiz já modelava o barro desde os dez anos. O trabalho do artesão, no início, retratava temas do cotidiano do Nordeste. Com o passar do tempo, ele ampliou seu cenário com a produção de esculturas de profissões. Ele também esculpe automóveis e motocicletas. O artesão já representou o Brasil no Japão fazendo 300 peças durante um evento que reunia comitivas de 36 países. Encontramos um especial falando sobre a trajetória dele nesse link.
Mestre Sebá
Sebastião Alves Cordeiro Filho nasceu no município de Sertânia, no dia 20 de janeiro de 1957. Ele exerceu muitas ocupações, como assistente de obra, padeiro e fabricante de vinagre. Já em Caruaru, entrou em contato pela primeira vez com o teatro ao ser chamado para atuar na peça Solte o Boi na Rua, de Vital Santos, com o Grupo de Teatro Ivan Brandão. Ícone e grande mestre da cultura popular de Caruaru, principalmente no teatro de Mamulengo, mestre Sebá tem de mais de 40 anos dedicados à cultura, com premiações por sua atuação no teatro, cinema e televisão. É fundador do Teatro de Mamulengos Mamusebá, da Companhia Pernas pra Circulá e do Teatro Garagem Mamusebá. Sebá recebeu o título de cidadão caruaruense por reconhecimento ao seu trabalho na cultura popular. Você conhece um pouco mais da história dele clicando nesse especial.
Boi Tira-Teima
A Associação Arte & Cultura Mestre Gercino Bernardo da Silva – Centro Cultural Boi Tira-Teima – foi fundada em outubro de 2011 e é uma organização de caráter educacional, cultural, de assistência social, filantrópico e sem fins lucrativos. Tem como um dos objetivos promover ações em prol da Cultura Folclórica “Bumba Meu Boi”, eventos culturais, entre outros; fomentando a arte e a cultura folclórica. Há um documentário disponível no YouTube que conta a trajetória desse patrimônio, confira aqui.
Em um cenário no qual falta valorização na prática dos nossos artistas, o título de Patrimônio Vivo é um ponto de partida interessante para incentivar e proteger nossos mestres e grupos culturais.
Já conhecia o perfil desses ícones da nossa cultura? Deixe sua contribuição nos nossos comentários, compartilhe o link e continue acompanhando o Cena Cultural.