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Em dia de violência, RJ tem 25 mortos e pelo menos cinco pessoas feridas

Uma operação policial deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (6) na zona norte do Rio de Janeiro deixou ao menos 25 mortos e cinco feridos. Segundo a Polícia Civil, uma das vítimas fatais é um policial e as demais seriam suspeitas.

De acordo com informações da Polícia Civil, o policial morto na operação é André Frias, de 44 anos, que estava há nove anos na corporação e teria sido atingido desembarcando de um dos veículos blindados.

Duas pessoas que estavam em uma composição do metrô parada na estação de Triagem foram atingidas por balas perdidas, segundo a polícia, e ficaram feridas. Os passageiros foram socorridos e levados para os hospitais Salgado Filho e Souza Aguiar, na capital.

Tiroteio intenso

Desde o fim da madrugada, um intenso confronto foi registrado na capital fluminense. A Polícia Civil confirmou uma operação da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente Vítima em uma comunidade próxima de onde metrô e trens operam.

O Metrô Rio informou que as pessoas foram feridas na estação de Triagem após o vidro de uma das composições, que seguia para o Centro do Rio de Janeiro, aparentemente ser atingido por projétil vindo da área externa. O Samu foi acionado e as vítimas foram imediatamente atendidas por equipes da estação. O estado de saúde delas não foi divulgado até o momento.

A concessionária também divulgou que o serviço entre as estações Maria da Graça e Triagem (linha 2) chegou a ser interrompido, mas foi retomado por volta das 7h.

O confronto também afetou o funcionamento dos serviços de trem. Em nota, a SuperVia, concessionária que administra os trens da Região Metropolitana do Rio, informou que o transporte alterou a circulação das composições que passam pela estação Jacarezinho.

“Em função de tiroteio nas proximidades da estação Jacarezinho, as partidas da Central do Brasil para Belford Roxo estão suspensas. Os trens do ramal estão circulando apenas entre as estações Del Castilho e Belford Roxo. A todo momento, os passageiros estão sendo informados sobre a situação por meio do sistema de áudio dos trens e estações”, diz a nota.

Em nota, a Polícia Civil confirmou que realiza uma operação contra uma organização criminosa responsável por homicídios, roubos, sequestros e aliciamento de menores no Rio de Janeiro.

No curso da operação eles tiveram suporte aéreo de helicópteros, e afirmam que enfrentaram barricadas montadas por traficantes.

O Ministério Público informou que foi comunicado sobre a operação e que irá investigar as denúncias de abusos policiais que recebeu.

O delegado Rodrigo Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, disse que todos os protocolos determinados pelo Supremo Tribunal Federal foram cumpridos. Em junho de 2020, o ministro do STF Edson Fachin concedeu liminar que restringiu as operações policiais realizadas no Rio de Janeiro a casos “absolutamente excepcionais”, enquanto durar a pandemia do coronavírus.

“Há de se discutir o que se entende por excepcionalidade”, disse o delegado. “Barricadas nos geram convicção de que há mais que excepcionalidade. São uma aberração em se tratando de uma região metropolitana do centro da cidade do Rio”, continuou.

“Não há de se comemorar esse resultado tamanha a quantidade de pessoas que vieram a falecer. Nós não estamos comemorando um resultado desse. A Polícia Civil não vai se furtar de fazer com que a população de bem tenha seu direito de ir e vir garantido. As pessoas sequer tem o direito de namorar quem eles quiserem namorar, porque se o tráfico entender que cidadão A não puder namorar cidadão B, terão represálias”, disse.

“Alguns pseudo especialistas de segurança pública, inventaram a lógica de quanto mais operações de inteligência, menor seria a reação do crime. Isso não funciona. Quanto mais precisa for a informação, maior será a resistência do tráfico. Hoje eles atiram pra confrontar o estado e pra matar o policial. A Polícia Civil não vai permitir que isso aconteça”, acrescentou.

Fonte: CNN Brasil
Foto: AFP

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