O Brasil tem se destacado com o país que mais gestantes vão a óbito por COVID-19. Cada morte que envolve uma gestante pode ser considerada uma tragédia, que envolve mais de uma vida e um contexto totalmente atípico, pois o gestar envolve toda uma família que está se preparando para ser renovada através do nascimento.
Desde o início da pandemia que muitos especialistas vêm alertado sobre a profilaxia e enfrentamento para gestantes e puérperas. A condição gravídica em si, já acarreta diversas alterações fisiológicas, além de adaptações no padrão respiratório e declínio da imunidade.
O vírus tem se apresentado de maneira mais devastadora para esse grupo em específico. Hoje em nosso país, se considera as gestantes de alto risco como prioridade para vacinação. Mas, todas deveriam se tratadas com prioridade visto que, a grande maioria que tem ido a óbito, não tinha nenhuma comorbidade.
Existe um movimento entre médicos, enfermeiros e pesquisadores para que o poder público se atente a esse grupo, de forma urgente! O Projeto de Lei 3.932/2020 que dispõe sobre o afastamento das gestantes do trabalho, se encontra parado no Senado. As mulheres nessa condição continuam trabalhando, se utilizando de transportes públicos lotados e não vacinadas.
Infelizmente, essa é a realidade. Um país que já vivencia de forma crônica a mortalidade materna, agora enfrenta a morte de gestantes por Coronavírus.
Aconselho que as grávidas redobrem seus cuidados. As consultas de pré-natal e exames devem ser mantidos. Mas as demais atividades devem ser ao máximo reduzidas. Evitem sair com tanta frequência, diversos eventos se tornam supérfluos diante do caos. Evitem fazer chá de fraldas, de bênçãos, ensaios fotográficos, idas em shoppings, comércios. O momento pede cautela. Priorizem a vida! Tudo vai ficar bem.
Essa foi a Coluna de Saúde de hoje. Me acompanhe no Instagram @nayara_gsousa.
