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COLUNA DA SEMANA: A saga das vacinas e a política.

A vacina é hoje o principal objeto de protagonismo político das lideranças existentes. João Doria (PSDB-SP) como bom estrategista já havia identificado a força que a vacina exerce por meados de Agosto de 2020, mas exagerou na dose de marketing para o Brasil, despertando precocemente sua imagem para a disputa presidencial e consequentemente, sendo alvo das críticas de querer tirar proveito eleitoral da pandemia, dentro e fora de seu partido.

Bolsonaro quis seguir a linha negacionista do problema, apoiando-se no sucesso do auxílio emergencial, mas sem conseguir conter os resultados gerados na economia mundial, e se justificando em uma pseudo autonomia dada aos estados e municípios, fundamentando-se na decisão do STF que apenas reconheceu todos os entes federativos (união, estados, municípios e distrito federal) como responsáveis para atuar nessa grave crise. Essa falha interpretação levou à ausência de planejamento, diga-se estratégias e coordenação prévia, para conter a pandemia. Levando o governo federal a deixar de atuar no campo prevencionista e encampando medidas desorganizadas. Abro parênteses aqui pra dizer que eu cansei de ver em Agosto de 2020 a comunidade científica anunciar uma segunda onda da pandemia para Fevereiro de 2021.

No campo político, o agravamento da pandemia, era o prato que os opositores ao governo queriam, mas não era a garantia pra incomodar um governo que sempre negou a crise de saúde a tomar medidas mais firmes para contê-la. A pandemia se agravou e o país vive o pior momento até agora, com uma média de mortes acima de 2.000 pessoas por dia.

O novo comando do legislativo brasileiro, liderados pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), possibilitaram ao governo federal uma maior agilidade para tomar medidas durante a pandemia. Com a aprovação da PEC Emergencial, da MP das Vacinas e uma provável aprovação de um novo auxílio emergencial, ganhos políticos, mas que seus efeitos são a médio e longo prazo diante da população.

Contudo, a decisão do ministro Fachin em anular os processos contra o presidente Lula, colocando-o no jogo político novamente, provocou a reação desejada por estados e municípios colapsados em seus serviços de saúde e que precisam da coordenação política e gerencial do governo federal. E precisam essencialmente de: VACINAS.

As declarações de Lula sacudiram o meio político, em especial o Planalto, a defesa de Lula por mais vacinas e atribuindo as mortes da pandemia ao presidente Bolsonaro, fizeram com que o Governo Federal talvez acordasse do sono enquanto o trem político corre com pressa para 2022, e quem não parar na estação da vacinação corre o risco de ser deixado para trás.

Bolsonaro e o governo federal começaram a reagir, Paulo Guedes já prega que a economia só se recupera se tiver vacina. As solenidades do Palácio do Planalto começam ter a presença de um objeto que foi essencial desde o começo da pandemia: a máscara. O maior desafio de Bolsonaro é conseguir destravar a vacinação em massa antes de estados e municípios. Essa é uma boa corrida onde a população é quem ganha.

A história da humanidade está aí pra ser contada, desde Guerras Mundiais, Imperialismos, Pandemias, nos momentos de crise despontam líderes mundiais, domínio econômico e reorganização geopolítica. A vacina é um caminho para o fim da pandemia e a política brasileira é um meio para viabilizar os recursos necessários para que essas doses cheguem à massa brasileira. A consequência do sucesso da saga das vacinas está intrinsicamente ligada ao sucesso eleitoral de 2022, onde o político que conseguir viabilizar a principal necessidade da população, terá um “case eleitoral” para viabilizar suas as chances eleitorais. O que não dá é pra errar no tempo de resposta a essas demandas e o tom de resposta a essas demandas.

Vacina da Rússia no Nordeste
Uma conversa originada há três meses, de Lula (PT) com o presidente do fundo russo de financiamento de desenvolvimento da vacina Sputnik V, Kirill Dmitriev, possibilitou aos governadores do Nordeste o acordo para a aquisição das 37 milhões de doses da vacina russa.

Câmara de Toritama deu sinal verde para vacina
O prefeito Edilson Tavares recebeu autorização pela Câmara Municipal de Toritama para incluir o município no consórcio formado pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) para compra de vacinas contra a Covid-19.

Bancada Federal do PP
O ato dos deputados federais Eduardo da Fonte e Fernando Monteiro, ambos do PP, em anunciar de forma conjunta recursos para a recuperação da pista do aeroporto de Fernando de Noronha é um gesto de unidade e fortalecimento do partido, que pretende formar chapas competitivas para a Câmara Federal e para Assembleia Legislativa em 2022.

Restaurantes Populares
Chamou atenção positivamente a proposta do vereador Nelson Diniz (CIDA) para a instalação de Restaurantes Populares na cidade de Caruaru. Já foi pauta nas campanhas para prefeito de Caruaru, mas nunca saiu do papel. Em tempos de pandemia, a propositura é pertinente onde muitas famílias da cidade passam necessidade e precisam de auxílio do poder público.

Ministro da Saúde pendurado
Alegando problemas de saúde o ministro Eduardo Pazzuello pediu para ser substituído do cargo mais importante do governo federal em tempos de pandemia. O que se fala é que o ministro sentiu a pressão do comando da pasta, diante do agravamento da pandemia. A cardiologista Ludhmila Hajjar é a mais cotada para assumir a pasta.

Atos de Apoio a Bolsonaro
Aqui em Caruaru e em Recife foram registradas manifestações através de carreatas em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. De forma pacífica, mas contestando o lockdown imposto pelo governo de Pernambuco a todo estado nesse fim de semana.

Medidas Restritivas
Ficou para esta segunda o pronunciamento Governo de Pernambuco sobre o fim das medidas restritivas, prorrogação dessas medidas ou um possível endurecimento. O que se sabe é que o sistema de saúde pernambucano ainda se encontra sobrecarregado.

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