Nos últimos dias o que mais vemos são pessoas com o diagnóstico de Covid-19. Infelizmente a variante Ômicron tem um potencial de disseminação muito mais intenso que as demais, levando ao Brasil a uma nova onda de contaminação.
O fato de boa parte da população estar vacinada, tem auxiliado imensamente a não aquisição das formas mais graves da doença. Observamos que a maioria dos internamentos atuais em UTI e de óbitos estão sendo de pessoas não vacinadas ou que não completaram o esquema de vacinação da forma adequada.
As crianças são o principal alvo nesse momento, para que recebam o quanto antes a primeira dose. Há muita especulação sobre a vacina pediátrica o que trás duvidas e a opção de não vacinar por parte de algumas famílias. Precisamos destacar que não vacinar nesse momento é uma escolha que pode ter um preço altíssimo, que atinge diretamente a todos.
Milhões e milhões de crianças já receberam o imunizante no mundo, a exemplos da Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, França, Estados Unidos e Israel. Não há registros consideráveis de efeitos colaterais graves. Como toda vacina, sim é provável que possa ocorrer alguma reação, como existe probabilidade em outras vacinas também. Devemos temer os efeitos da Covid-19 em não vacinados, essa deve ser a nossa preocupação.
Destaco que o processo para aprovação de vacinas no Brasil é bastante criterioso e segue uma série de etapas elaboradas pela Anvisa. Este é o órgão responsável, no país, pela aprovação de todas as vacinas aplicadas em nosso território — incluindo os da covid-19.
A Sociedade Brasileira de Pediatria afirma que existem justificativas éticas, epidemiológicas, sanitárias e de saúde pública para a vacinação de crianças no país, com base em um estudo publicado no dia 28 de dezembro, em que analisa a necessidade de imunização do público infantil.
A população deve temer a doença e não a vacina que ela busca prevenir, bem como suas complicações, como a covid longa e a Síndrome Inflamatória Multissistêmica, manifestações que consolidam a necessidade da imunização do público infantil. Através dela prevenimos a morte, a dor, sofrimento, emergências e internação em todas as faixas etárias. Negar este benefício às crianças sem evidências científicas sólidas, bem como desestimular a adesão dos pais e dos responsáveis, é um ato lamentável e irresponsável, que, infelizmente, pode custar vidas.
Essa foi a Coluna de Saúde de hoje. Me acompanhe através do Instagram: @nayara_gsousa e também @consultorio_damulher.
Nayara Sousa
Especialista em Ginecologia e Obstetrícia
Consultório da Mulher – Empresarial Difusora