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Reserva de emergência, pra que te quero?

Bom, talvez o nome não soe bem, afinal, nenhum de nós gosta de nos depararmos com imprevistos ou emergências, não é verdade? Mas, uma coisa é certa, quando passamos por um momento de urgência, quer seja ela de saúde ou não, desejamos sair sãos e salvos dela. Portanto, foi com esse pensamento que os estudiosos do mundo das finanças viram a necessidade de todos nós termos uma quantia guardada, quantia esta que poderá nos tirar de alguns sufocos.

E é o que conta a professora Josseany Campos, que teve um parto prematuro e precisou se deslocar de Caruaru para o Recife e manter-se na capital juntamente com a família, enquanto o seu filho se recuperava na U.T.I neonatal. “Foi graças a essa reserva que eu tinha no banco que nós conseguimos nos manter, sem ela as coisas teriam ficado mesmo difíceis” disse a professora.

E por falar em tempos difíceis, acredito que você que está lendo esse texto, ou alguém próximo a você, já passou algum desconforto financeiro e quando precisou dessa reserva, ela não estava lá, como é o caso da estudante em Arquitetura Stefany Muniz. “Esse mês de fevereiro vamos fechar no vermelho em nossa casa. Meu esposo é músico e devido ao decreto de proibição de eventos com música ao vivo, ficamos sem a nossa principal renda. Bateu um arrependimento daquele lanche ou aquele item que compramos e que não era tão necessário assim”, conta.

A educação financeira não é parte efetiva das famílias brasileiras, isso é fato. Aprendemos por observação com nossos pais e costumamos replicar o comportamento deles. Mas a boa notícia é que, mesmo depois de adultos, podemos rever nossos erros e começar a pensar nesses momentos de imprevistos que todos nós estamos sujeitos, e é o que conta a pedagoga Dayse Martins, que afirma ter sido um diferencial em sua vida financeira, ter participado ativamente de cursos, palestras e até mesmo ter contratado uma consultoria pessoal para lhe auxiliar e deixar sempre as contas em dia, ainda fazendo sobrar para investir.

“Quando a consultora me ensinou a fazer o cálculo da reserva financeira, imediatamente eu vi em que eu precisava economizar e fiz os cortes necessários, sem mexer na minha qualidade de vida, usufruindo do presente, mas também pensando no futuro. E o futuro chegou, praticamente toda a minha reserva foi utilizada no período da pandemia, visto que houve uma diminuição na renda dos empreendedores do ramo de educação. Agora estou em busca de reconstruir essa reserva.”

E você deve estar se perguntando: mas como é feito esse cálculo? É simples, primeiro você precisa listar todos os itens de despesas fixas e básicas, aquelas despesas que você não pode viver sem, como por
exemplo, alimentação e moradia. Após saber o valor do seu custo de vida básico mensal, você precisará multiplicar esse valor por 6, o que corresponde a aproximadamente 06 meses para manter-se. Lembre-se: o cálculo não é seis vezes o valor do seu salário, nem tampouco o poderá calcular itens que não são essenciais à sobrevivência.

Bom, espero que você tenha refletido um pouco sobre suas finanças após esse texto, nos vemos na próxima semana.

Samara Sarmento
Mestre em Economia pela UFPE, Bacharel em Administração, com especialização em Gestão de Marketing. Docente do IFPE, atuando nas áreas de Gestão, Negócios, Finanças e Economia Local.

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