Começo falando o contrário do tema, a dor. E me posicionando como uma pessoa feliz. Mais ainda, Felicidade se aprende. Todos temos em diversos formatos e por vários motivos, nossas dores. De amor, conhecidas como fossa, serviram e inspiraram muitas músicas, como dizia nosso poetinha Vinícius de Moraes: quem já passou por essa vida e não viveu, porque a vida só se dá para quem se deu. Muito legal essa entrega à vida. Confesso que vale muito a experiência.
De fato, a dor faz parte da nossa vida e das nossas entranhas. Desconfio sempre de quem não vive suas desilusões, sejam elas amorosas ou de amigos. Coisa pretenciosa, mas, tá valendo. Elas existem e precisam ser vividas, quando possível, com leveza para não trazer outras dores.
Não sei se vocês percebem, até quero saber. Confirmem ou não, aqui no blog. Mas, tem uma cobrança nas redes sociais para a pessoa já acordar feliz, passar o dia em positividade. As redes sociais estão cheias disso. Não dá, parece tóxico. Primeiro que quando acordamos, levamos um tempo para isso, escovar os dentes, etc….rsss. É difícil acordar e já dizer palavras de autoafirmação, parece coisa de guia de excursão. Repito, nada contra.
E sobre aqueles encontros e reuniões que as pessoas gritam: vou vencer! Sou forte! Quero reafirmar que não é nosso papel criticar, longe disso. Nosso objetivo é pensar e de forma diferente. Refletir, ter opinião formada, mudar de opinião quando pessoas e fatos nos mostram que estávamos errados. Tudo isso faz parte. As reuniões, as leituras e os papos que temos e quando terminamos saímos cheios de dúvidas e reflexões, são estimulantes. Tiram você de um lugar e coloca em outro. É massa.
O papo hoje é de esperançar como lema. Ser feliz porque sabe conviver com as coisas difíceis da vida. Negá-las ou ignorar faz um mal danado. É quase uma alienação. Você acreditar e ter comportamentos proativos, só faz bem. E quando os resultados chegam. Comemorar sempre. Alimenta a alma quando você brinda com sua própria vida. É sobre isso. Celebrar o bom dá vida.
Para encerrar, concluo que ter a obrigação de ser alegre o tempo todo. Ser bonzinho para os outros, sempre. Faz mal. Seja feliz por você, até apreciando suas coisinhas ruins, elas são pedagógicas. É preciso viver as dores e as delícias da vida. E no final do dia faça a “conta de padaria” para dizer: Valeu! E se não for esse o dia, certamente outro será. E bora celebrar a vida! Tim…tim.
Por Ivania Porto
Doutoranda em Ciências Políticas na UFP/Porto. Professora e coordenadora dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da Asces-Unita. Consultora de Gestão e Estratégia.