Esta é uma pergunta frequente por parte de pais e até de educadores, que por vezes se sentem impossibilitados de ajudarem seus filhos e alunos a desenvolverem a aprendizagem escolar de forma satisfatória.
São crianças com desenvolvimento típico, dentro do esperado para a faixa etária, saudáveis, com um ótimo potencial e habilidades em diferentes áreas como, jogos de tabuleiro, informática, natação. Mas, demonstram muita dificuldade para a aprendizagem da leitura, escrita, matemática, e por vezes são inquietas e até desatentas durantes as aulas e atividades escolares.
Por outro lado, a criança sofre por não acompanhar o nível dos demais alunos da sua sala de aula, por ser comparada com seus irmãos e por não corresponder às expectativas dos seus pais, professores e até dela mesma.
Já nos primeiros anos escolares, pais e professores devem ficar alertas para possíveis atrasos na aprendizagem e comportamentos inadequados como: baixa autoestima, agressividade, desatenção e até introspecção, comportamentos estes que servem como um pedido de socorro da própria criança por não entender o que está acontecendo com ela, e por se sentir inferiorizada por seus colegas e até por sofrer bullying.
Em toda sala de aula existe entre os estudantes, uma grande variedade de habilidades acadêmicas, de personalidade, de pontos fracos e fortes. Normalmente, os alunos têm desempenho bastante uniforme em todas as matérias, porém pode haver alguns que sejam muito bons em algumas coisas, mas tenham um desempenho surpreendentemente ruim em outras. É essa disparidade que identifica indivíduos com Transtornos Específicos de Aprendizagem (TEAs), e/ou transtorno do neurodesenvolvimento como TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Os TEAs mais comuns são:
- Dislexia: dificuldade de leitura, escrita e ortografia.
- Discalculia: dificuldades com os números.
- Disgrafia: dificuldades com escrita a mão.
- Dispraxia: problemas de movimento e coordenação.
- TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: baixa capacidade de concentração e atenção, e comportamento agitado e impulsivo, que é um transtorno do neurodesenvolvimento.
Estes indivíduos não podem ser curados, mas podem ser ensinados a descobrir uma série de estratégias de enfrentamento, e alternativas para ajudá-lo a reter e assimilar informações, ter boas notas nas provas e se tornar um adulto bem-sucedido.
Para isso, no entanto é preciso que família e escola identifiquem precocemente indícios de tais transtornos, e encaminhem a criança para os profissionais que farão uma investigação, diagnóstico, intervenções e encaminhamentos necessários.
Os profissionais indicados para esse processo, e que farão um trabalho multiprofissional são: psicopedagogo, fonoaudiólogo, psicólogo e neuropediatra, dentre outros específicos para cada caso.
A família deve agir com paciência, empatia, e de forma amorosa, mostrar ao seu filho que juntos superarão tais dificuldades, evitando assim, futuros problemas emocionais para esta criança.
Simone Freitas
Psicopedagoga. Especialista em neuropsicopedagogia. Aplicadora ABA e
DENVER II. Palestrante. Supervisora e mentora de psicopedagogos.
Fundadora do Psicopedagogiando PE.
Coluna revisada por:
Adeilza Ramos – Pedagoga
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