Nosso estado sempre foi palco de grandes embates e conflitos de ideias. Esse protagonismo pode ser aferido pelo sentimento de um povo guerreiro e que não se furta em defender seus ideais e promover a diferença que tanto se almeja.
As revoltas em Pernambuco ultrapassou o limite “aceitável” para a coroa portuguesa, e assim foi subtraindo seu território e aplicando severas imposições do trato financeiro, governamental e alguns pagaram até com a própria vida.
1817 é considerado o ano da Revolução Pernambucana. De acordo com a historiografia, essa não é o único movimento de insatisfação de nosso povo. Já que em anos anteriores expulsamos os holandeses na Batalha do Monte das Tabocas, no Monte das Tabocas, em Vitória de Santo Antão-PE e no Monte dos Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes-PE (onde se forjou o Exército Brasileiro), nos idos dos anos de 1600.
No século XVII, vivenciamos ainda a Conspiração dos Suassunas, Confederação do Equador e Revolução Praieira. Movimentos que os homens e mulheres pernambucanos se permitiram a potencializar suas habilidades de um povo que não permitem esteira de inverdades e descompromisso com o coletivo.
No entanto, a revolução Pernambucana foi à considerada de maior vulto, tendo em vista a canalização de suas forças e conquistas. A terra dos Altos Coqueiros se tornara uma República e totalmente independente de Portugal por 65 dias.
Inspirados nas ideias da Revolução Francesa de 1789, onde o tripé consistia na Igualdade, Liberdade e Fraternidade, os líderes Domingos José Martins, Padre João Ribeiro, Padre Miguelinho, Padre Roma, Frei Caneca, deixaram clara a intenção dos clérigos católicos de fortalecer a ideia de um estado que tivesse uma verdadeira autonomia e acabasse de uma vez por todas dos vários retrocessos praticados pelo reino português.
Em história, estudamos o homem no tempo, e também nos faz refletir sobre as causas das grandes ações praticadas no passado e evidenciar os heróis e algozes que passaram por esse planeta. Assim, história e memória caminham juntas para que se recrudesça o pertencimento de um povo em seu território ou que simplesmente não incorramos nos equívocos do passado.
Como forma de relembrar os feitos do passado, os Deputados Estaduais Isaltino Nascimento e a parlamentar à época, Terezinha Nunes, idealizaram a lei 13387/2013, que fora sancionada pelo então Governador Eduardo Campos e vigora até os dias de hoje. O feriado da Data Magna, que faz alusão a um de tantos momentos memoráveis de nossa terra. Relembremos os feitos do passado!
Inspiremos-nos nesses heróis de outrora e façamos uma reflexão para que encontremos um ponto de ebulição para a construção de dias melhores para nossa sociedade. Sejamos imortais pelos ideias de boa convivência que carregamos!
Professor Márcio Bezerra – Historiador, especialista em Ensino de História do Brasil, pós graduando em Políticas e Gestão em Segurança Pública, Guarda Municipal em Caruaru.