fbpx

Mulher: a força motriz da economia.

Muito se fala sobre conquistas das mulheres ao longo dos séculos. Sabemos que temos diferenças históricas e que muitas vezes o mundo age de maneira desigual conosco, mas, também devemos exaltar nossas conquistas e as particularidades das nossas diferenças com relação aos homens. Talvez muitos não saibam, mas as mulheres, até 1974 ao solicitarem empréstimos ou movimentações de crédito em sua conta corrente, como a solicitação de um cartão de crédito, precisavam da assinatura de um homem e a posse deste cartão não vos era permitida. Isso mudou e parece que desde então, as mulheres foram encontrando lugar no mundo do trabalho, e, principalmente do consumo.

Mas então, por que será que as mulheres são consideradas a força motriz da economia global? Desde a entrada das mulheres no mundo do trabalho, o poder de compra feminino aumentou, juntamente com os salários (mas ainda assim ganhamos cerca de 30% menos que os homens, mas isso é papo para outra coluna). O que acontece além disto? O nosso comportamento de compra e decisão é bem mais complexo que o dos homens. O Boston Consulting Group (BCG) realizou uma pesquisa em 2018 que aponta um terrível desastre que aconteceria se a mulher começasse a se comportar como os clientes homens. Mas será que isso somente está relacionado ao fato de que as mulheres gastam demais? Não. É preciso desmistificar isso. As mulheres decidem mais. As mulheres influenciam mais. As mulheres decidem pela família, compram para elas e para os outros familiares. As mulheres fazem um maior número de compras e pensam de maneira global dentro de um lar.

Sim, somos diferentes. Essa mesma pesquisa do BCG mostrou que os homens quando tem um objetivo de compra de um item no shopping, passam cerca de 26 minutos, enquanto as mulheres gastam 2h e 10 min na compra de um objetivo de compra. O comportamento de consumo é diferente, não podemos negar, e claro que há exceções. Mas é importante estabelecer essa verdade: as mulheres não gastam mais que os homens, elas tem um processo de decisão mais amplo. E essa amplitude se relaciona em pesquisar, comparar e checar possibilidades. Várias pesquisas apontam que as mulheres quem tem a palavra final ao comprar um carro ou um imóvel, bem como as compras corriqueiras de um lar, costumam ser definidas por elas. Então, a partir de agora, nada de pintar o quadro de mulheres que gastam demais, mas talvez, mulheres que decidem demais, ok?

Aproveito o ensejo para desejar uma excelente semana da mulher. Com menos flores e mais respeito. Até a próxima semana!

Samara Sarmento
Mestre em Economia pela UFPE, Bacharel em Administração, com especialização em Gestão de Marketing. Docente do IFPE, atuando nas áreas de Gestão, Negócios, Finanças e Economia Local.

Deixe seu comentário