A PF (Polícia Federal) investigará a conduta de Eduardo Pazuello (Saúde) no enfrentamento à falta de fornecimento de oxigênio em Manaus durante a pandemia da covid-19. Irão depor funcionários do ministério e das secretarias de Saúde do Amazonas e da capital do Estado.
Os agentes também analisarão documentos com informações sobre transporte de oxigênio e gastos com distribuição de medicamentos sem eficácia comprovada para tratamento precoce contra o coronavírus.
A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski, foi publicada nesta 2ª feira (15/02).
Inquérito
Até o momento, apenas o ministro Pazuello foi ouvido no inquérito. Ele negou qualquer omissão da União na crise sanitária em Manaus. A investigação foi autorizada em janeiro pelo STF, depois de um requerimento apresentado pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
É investigado o motivo que levou Pazuello a enviar representantes do Ministério da Saúde só em janeiro, quando o estado já apresentava aumento alarmante dos casos na semana do Natal. Os procuradores também apuram se o ministério foi avisado em 8 de janeiro sobre a falta de oxigênio nos hospitais, apesar de ter enviado mais cilindros apenas em 12 de janeiro.
Em uma audiência no Senado, na última 5ª feira (11. fev.2020), Pazuello negou que o ministério tenha sido avisado da falta de oxigênio em Manaus no início de janeiro.
Além da investigação sobre a crise em Manaus, a PGR está apurando, preliminarmente, se houve omissão do ministro da Saúde no enfrentamento a pandemia no Pará. Caso decida que há provas, um novo inquérito pode ser aberto no STF para investigar Pazuello.
Fonte: Poder360
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado