De acordo com o último Censo (IBGE), um quarto da população brasileira possui algum tipo de deficiência, são cerca de 45 milhões de pessoas que precisam estar incluídas no ambiente social, e com toda certeza, o ambiente escolar não é diferente.
Existe uma lei federal que prevê a inclusão e o tratamento da pessoa com deficiência com igualdade, sendo dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência. Conforme a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) – LEI N° 13.146.
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.
Na prática há inclusão social e escolar?
Como vimos anteriormente, a educação é um direito da pessoa com deficiência, sabemos que a inclusão no ambiente escolar ainda é um desafio, já que envolve desde questões estruturais até a formação profissional da equipe que irá acompanhar a turma, já que professores, professores auxiliares, coordenadores e direção muitas vezes precisam desenvolver atividades específicas, de acordo com a limitação motora ou psíquica da criança ou adolescente que irão receber.
Lembremos que uma escola que pratica a inclusão não só está cumprindo a lei, mas mostrando que se preocupa com a formação de TODOS seus alunos, pois é inserindo e estimulando as crianças atípicas que formamos o caráter da criança típica, criando assim uma oportunidade para ela de conscientização sobre o acolhimento, empatia e respeito às diferenças.
O convívio com pessoas com pensamentos diferentes, limitações e referências é fundamental na formação de qualquer cidadão, o que faz toda diferença nas gerações futuras, o maior ganho que uma criança atípica tem ao poder ingressar na escola é a interação e a criação de vínculos com os demais alunos, ganhando uma nova versão do mundo.
Desde cedo, as crianças perceberão que diferenças existem e dessa maneira elas começarão a identificar melhores meios de interagir com os colegas, criando aproximação e maior interação, seja aprendendo libras, respeitando o tempo de uma criança autista, brincando de formas diferentes, incluindo na rotina escolar uma criança com cadeira de rodas.
Dois exemplos magníficos de inclusão social nas escolas que temos aqui no Brasil, são a Escola Donícia Maria da Costa – Santa Catarina, e a Escola Clarisse Fecury – Acre.
Vou deixar aqui os links dos vídeos falando sobre qual o diferencial dessas escolas, para entender melhor sobre o que é uma escola inclusiva e porque precisamos dela, sobre quais medidas elas adotaram e como se adaptaram para incluir todos.
Escola Donícia Maria da Costa – Santa Catarina
Escola Clarisse Fecury – Acre
A educação é um dos pilares de qualquer sociedade, ela a responsável pela formação dos futuros cidadãos e tem a capacidade de criar uma mudança positiva em padrões e comportamentos. Que possamos a cada dia mais compartilhar exemplos como esse, que enchem de orgulho e esperança, e que mais escolas “Clarisse Fercury” se multipliquem por todo pais!
Essa foi a nossa Coluna de Inclusão Social de hoje, até nosso próximo encontro. Grande Abraço.
Lorena Benitez.
