O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, atingindo 14,75% ao ano. Essa é a sexta alta consecutiva e representa o maior patamar desde 2006. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (7), sinaliza uma desaceleração no ritmo de aperto monetário, já que na reunião anterior, em março, o aumento foi de 1 ponto percentual. A medida visa conter a inflação, que, segundo o Boletim Focus, deve encerrar o ano em 5,53%, acima do teto da meta de 4,5% .
A decisão do Copom está alinhada às expectativas do mercado, que apontavam para um aumento mais moderado devido à instabilidade no cenário econômico global. A desaceleração da economia mundial e a desvalorização do dólar são fatores que podem aliviar a pressão inflacionária no Brasil. No entanto, a inflação ainda resiliente exige cautela por parte do Banco Central. Analistas estão divididos sobre os próximos passos da política monetária: enquanto alguns preveem uma nova alta da Selic em junho, outros acreditam na possibilidade de interrupção do ciclo de aumentos. O mercado financeiro projeta que a taxa básica de juros encerre o ano no atual patamar de 14,75% .
A elevação da Selic impacta diretamente o custo do crédito e os investimentos no país. Com juros mais altos, o financiamento para consumo e produção tende a se tornar mais caro, o que pode desacelerar a economia. Por outro lado, a medida é considerada necessária para controlar a inflação e manter a estabilidade econômica. O Banco Central continuará monitorando os indicadores econômicos para definir os próximos passos da política monetária.