Censo 2022 aponta mais de 105 mil pessoas diagnosticadas com autismo em Pernambuco

Dados inéditos do IBGE mostram prevalência de 1,2% e maior incidência entre meninos e crianças de 5 a 9 anos

Pernambuco contabiliza oficialmente 105.852 pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), segundo dados inéditos do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (23). O número corresponde a 1,2% da população estadual, mesmo percentual registrado no panorama nacional, que aponta 2,4 milhões de brasileiros com diagnóstico formal feito por algum profissional de saúde.

Assim como observado no restante do país, o diagnóstico é mais prevalente entre os homens em Pernambuco: são 63.848 indivíduos (1,5% da população masculina), enquanto entre as mulheres foram identificadas 42.004 (0,9%). A faixa etária de maior incidência está entre crianças de 5 a 9 anos, com 2,8% diagnosticadas, seguida pelas faixas de 0 a 4 anos (2,1%), 10 a 14 anos (2,0%) e 15 a 19 anos (1,3%). O percentual decresce gradativamente nas faixas adultas, mantendo-se entre 0,7% e 0,9% até os idosos acima de 100 anos.

Os dados também revelam diferenças conforme a cor ou raça: a prevalência de autismo é de 1,3% entre pessoas brancas, de 1,1% entre pardos e indígenas, e de 0,9% entre pretos e amarelos. Especialistas e o próprio IBGE destacam que o número real de pessoas com TEA tende a ser maior, especialmente devido ao subdiagnóstico nas populações mais vulneráveis, onde o acesso ao diagnóstico especializado ainda é restrito. O TEA é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta comunicação, interação social e comportamento, com manifestações diversas que requerem atenção precoce para melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento das pessoas diagnosticadas.

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