Buracos da Alma

Falar sobre si é complicado. Mas, quando você consegue falar sobre acontecimentos seus, e que acontecem também com outras pessoas. Universaliza e faz mais sentido. Buracos na alma foi um tema que veio através de uma pessoa próxima. Fiz alguns textos assim, motivada por sugestões. Aí, resolvi pensar sobre esses vazios e divido com vocês, esta reflexão.

Nunca é fácil sentir os vazios, muito menos interpretá-los. Vou utilizar a licença poética para ocupar os vazios da alma. Me surge a ideia que neles (vazios da alma) podemos plantar. Nada mais significativo que o plantio. Na sua produção. temos o preparo da terra, o plantio da semente, a retirada das ervas daninhas e a colheita, tudo cíclico. E plantio é a metáfora de um projeto.

Não tem dor maior que perdas precoces ou inesperadas. E colocar sentido nesses vazios é de uma coragem que mexe muito com o sentido da vida. Nunca me deparei nesse caso, mas reconheço histórias que explodiram para o bem, após essas perdas. Fácil, nunca. Haja amor como diz Luiz Caldas. Haja amor para sorrir, haja para sofrer.

É tão bom quando a gente acredita na vida, estando em situações adversas. E percebe que existe uma vida bonita. Entregar ao universo parte da trajetória, e nela contendo os dois lados da moeda. Afinal temos e somos dual. Ter essa capacidade de transformar dor em combustível, é para poucos. Ter amigos que possam nos entender, faz tanto bem. Como somos carentes de pessoas que saibam nos escutar.

Tempo, tempo, tempo ele senhor das soluções é que mostrará que a vida continua. Você que determina, em parte, como será vivido esse tempo. E você tomará decisões, muitas delas embasadas pelo seu meio. E aqui fica a torcida para que o seu meio, seja confiante e inspirador. Contribui muito para quem passa por isso.

Olhar a vida com esperança, sorrir, fazer planos e planejar o futuro, mesmo tendo um buraco na alma, quanta força interior! A vida sorri para quem faz o mesmo – ação e reação. A força do sorriso derruba barreiras. Precisamos cada vez mais, sorrir! E por fim, precisamos de muita coragem, mas muita coragem mesmo. Porque coragem pertence a você mesma. Precisa vir de você. A coragem é libertadora e é sua.

Por Ivania Porto
Doutoranda em Ciências Políticas na UFP/Porto. Professora e coordenadora dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da Asces-Unita. Consultora de Gestão e Estratégia.

Deixe seu comentário