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Análise da Semana

Ato de bondade e estratégia

Em um ato humanitário, porém estratégico para os Estados Unidos, a notícia que marcou a semana foi a doação do governo americano de 3 milhões de doses da vacina Janssen. O que chamou a atenção foi a celeridade no trâmite de transporte das doses para o Brasil, no dia que a Casa Branca anunciou o envio, no outro dia as doses começaram a ser enviadas. Serve de exemplo para nós como proceder em situações de pandemia. Estamos diante de um sistema de governo burocrático brasileiro, o tempo pode custar muito caro e a agilidade americana evidencia a organização que não encontramos por aqui. A doação reacende os Estados Unidos como liderança geopolítica estratégica para a América Latina, principalmente para o Brasil que vem sofrendo investidas diplomáticas e econômicas da Rússia e principalmente da China.

Enquanto isso na CPI

A semana foi marcada por uma temperatura alta na política brasileira, especificamente na CPI da Covid-19 do Senado Federal. Os senadores se debruçaram sobre o caso do suposto superfaturamento das vacinas Covaxin, da Índia. No fim das contas os governistas destacaram um erro administrativo que colocava zeros a menos na quantidade de doses de um acordo milionário não exequível. Prato cheio para oposição atacar e desestabilizar o próprio presidente Bolsonaro, que vem demonstrando sua raiva na imprensa. A cena do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) chegando para depor na CPI de colete à prova de balas revela o teatro que a comissão se tornou ou o alto grau de periculosidade da política. O deputado Miranda apontou o ex-ministro da Saúde e líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-SP), como responsável por um eventual esquema de corrupção na compra de vacina contra Covid-19. Lamentável!

PSB ganha força na esquerda

O reforço já havia sido anunciado e agora concretizado. A filiação do deputado federal pelo Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (ex-PSOL) e do governador do Maranhão, Flávio Dino (ex-PCdoB) vai tornando o PSB um dos partidos de esquerda mais fortes para as disputas de 2022. O ato de filiação aconteceu na última terça-feira (22/06/2021), em Brasília, na Fundação João Mangabeira. Carlos Siqueira (presidente nacional), o governador Paulo Câmara (vice-presidente nacional), o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, o prefeito do Recife, João Campos, o ex-governador de São Paulo, Márcio França, foram alguns dos nomes a prestigiarem o evento. O ato envia um recado claro aos partidos de esquerda: o PSB está no páreo e para formar uma ampla frente para se unir contra Bolsonaro o partido tem que participar das negociações. Ao que tudo indica pelos movimentos apresentados, o PT(Lula) fica com a majoritária presidenciável e o PSB com prioridade nos estados que pretende lançar governadores, recebendo o apoio estadual do PT.

Por falar em Governo de Pernambuco

O vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, André Ferreira (PSC-PE), confirmou o nome do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PSC-PE), como pré-candidato ao governo de Pernambuco e negou que o gestor ocupe uma vaga de candidato ao senado pela Frente Popular. O objetivo de André foi esclarecer boatos que são criados para atrapalhar a estratégia para o pleito de 2022, ao mesmo tempo o deputado mantém a família Ferreira como parada obrigatória de negociação no campo das oposições em Pernambuco. O que não se vislumbra por enquanto é a unidade dessas oposições, são vários nomes que conversam entre si, mas que ainda não se chega a um nome de consenso.

Análise da Semana – 20/06/2021 a 26/06/2021

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