2021 nos prometia, em seu primeiro dia de vida, uma readequação à normalidade, após meses de lockdown, crescimento econômico e, talvez, um cenário mais ameno, devaneio. Desde o início vivenciamos momentos singulares. Eleições conturbadas aos presidentes das casas legislativas federais, mais de 600 mil mortes por Covid, ameaças golpistas de disrrupção democrática, um 7 de setembro ímpar na história, Lula novamente elegível, CPI da Covid, variante Delta e Ômicron, enfim, muitas coisas fizeram desse ano um tanto quanto único em nossa história.
Perdemos figuras importantes. Na Cultura e dramaturgia, Tarcísio Meira e Seu Peru. Na música, Marília Mendonça, Genival Lacerda e Agnaldo Timóteo. Na arquitetura, Ruy Ohtake. No jornalismo, Cristiana Lôbo e Artur Xexéo. Na comédia, Paulo Gustavo e Dona Hermínia. Muitas perdas.
Não conseguiria, mesmo que quisesse, citar cada uma das personalidades que 2021 nos levou, um infortúnio. Àqueles que sobreviveram a esse ano caótico, devemos levantar a começar a pensar sobre 2022. O ano por vir nos promete eleições acirradíssimas, como há muito não víamos, uma retomada econômica e uma volta mais contundente ao “novo normal”. Talvez realizar algum tipo de prognóstico para o que nos espera seja prematuro, por isso, na última coluna do ano, deixo para você, leitor, algumas palavras para 2022:
Resiliência. Recomeço. Tolerância. Paciência. Diálogo. Respeito. Embate. Democracia. Eleição. Política. Campanha. Candidato. Pleito. Ideologia. Jornalismo. Legalidade. Combate à corrupção. SUS. Gripe. Covid. Economia. Híbrido. Trabalho. “Novo Normal”. Esperança. Renovação. Paz. Família. Amor. Carinho. Empatia. Leveza.
Pedro Henrique Lima
Graduando em Direito, Pesquisador do LABÔ (PUC-SP) e Estudioso da Democracia.