Por Antonio Coelho
A hipocrisia do PSB se inova a cada dia. Em 2019, o prefeito do Recife, João Campos, então deputado federal, e toda a bancada socialista votaram contra a aprovação da Nova Reforma da Previdência no Congresso Nacional, apostando em um discurso demagógico de retirada de direitos dos trabalhadores. Inclusive, o próprio João Campos chegou a dizer, na época, que “se tivesse 10 votos, votaria 10 vezes contra a reforma”. Hoje, é o mesmo João Campos que trilha o caminho reformista ao anunciar uma reforma previdenciária ainda mais ampla para os servidores do Recife.
O prefeito João Campos e o PSB sabem que a urgência de reformas previdenciárias sempre veio do realismo fiscal. Ou modernizamos o estado para voltarmos a fazer investimentos robustos, ou condenamos o país, os estados e os municípios à estagnação. Basta olhar para o exemplo do próprio Recife, que, em 2020, precisou fazer um aporte de R$ 200 milhões para cobrir o rombo da previdência municipal. Dinheiro, esse, que deixou de ser investido na cidade, de ser aplicado em infraestrutura, segurança e saúde, sem falar em operações de crédito de uma outra dimensão.
A reforma previdenciária no Recife é positiva e necessária, além de confirmar que o PSB e o prefeito João Campos sempre enxergaram a necessidade de aprová-la e colocá-la em prática para assegurar a saúde fiscal da capital pernambucana e garantir os investimentos em áreas importantes do município.
Apesar da mudança radical de postura, avaliamos como positiva a mudança de posicionamento do prefeito João Campos. É uma medida que pode lhe dar alguma chance de fazer uma gestão menos desastrosa do que foi a de Geraldo Júlio.
Deputado estadual e Líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco