Um dos espaços que mantêm viva a memória da arte figurativa em Caruaru, a Casa-Museu Mestre Vitalino teve sua restauração entregue na semana de aniversário de 164 anos da cidade. Além da importância da reestruturação em si, essa ação ressalta a eficácia da mobilização popular em pressionar o poder público para preservar um patrimônio cultural.
Recapitulando, em setembro de 2020 familiares de Mestre Vitalino, artesãos, artistas e população em geral se manifestaram em prol da proteção e manutenção do museu.
Em meio a esses pedidos de melhorias, a partir da criação do movimento Salve a Casa-Museu Mestre Vitalino, houve apelos divulgados nas redes sociais; mensagens compartilhadas por artistas, como Otto e Junio Barreto, assim como um protesto em frente à casa. Diante dessas cobranças, a prefeitura anunciou a reforma do patrimônio ainda no mês de setembro.
REVITALIZAÇÃO
Essa reestruturação do museu contou com uma série manutenções. Foi concluída a restauração de toda a cobertura, do madeiramento e das telhas. Também foi aplicada uma resina impermeabilizante para proteção da estrutura física da casa.
De acordo com a prefeitura, o acervo da Casa-Museu passa por restauro. Além disso, está sendo feita a requalificação das áreas externas (cercamento, sinalização, iluminação e paisagismo). O equipamento receberá turistas e visitantes quando o decreto estadual que trata das restrições durante a pandemia permitir retorno das atividades.
A CASA
Na Casa-Museu, visitantes conhecem réplicas das principais obras de Mestre Vitalino, utensílios domésticos pertencentes à família Vitalino e fotografias que retratam a história do ceramista.
O local foi residência do mais famoso artesão e ceramista de Caruaru e um dos mais importantes do Brasil, Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963), popularmente conhecido como Mestre Vitalino.
MOBILZAR GERA RESULTADO
A conclusão dessa restauração revela que a população precisa prestar atenção em como o poder público cuida da arte e da cultura, a fim de que esses segmentos não sejam ignorados.
Cabe a cada caruaruense se comprometer a cobrar, expor, denunciar e se mobilizar quando for necessário. Afinal, cuidar dos patrimônios culturais da cidade significa preservar e perpetuar a identidade cultural da Capital do Agreste.
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