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Câmara de Caruaru discute ações de combate à esporotricose

Em audiência pública, na quarta-feira (23), a Câmara discutiu ações de combate à esporotricose. A audiência foi proposta pelo vereador Fagner Fernandes (PDT), através do requerimento nº 434/2022. Estiveram presentes, a vereadora Aline Nascimento (Cidadania), que presidiu a ocasião, o vereador Anderson Correia (PP), representantes do Poder Executivo, especialistas e veterinários. A esporotricose é uma micose provocada por fungos que, atualmente, tem como principal transmissor os gatos. A transmissão ocorre através de arranhões, e pode afetar animais não humanos e humanos.

A secretária executiva de Vigilância e Atenção Básica, Sara Rafael, esteve representando a Secretária de Saúde do município e destacou que o não reconhecimento da micose como uma zoonose pelo Ministério da Saúde dificulta o mapeamento e a prevenção.

“O ministério da saúde é quem organiza o serviço. Se não se tem o reconhecimento do órgão norteador do país, não se tem o fluxo da assistência, não tem mapeamento, nem diagnóstico”, afirmou a veterinária Cláudia Agra.

A professora de medicina veterinária da UNIFAVIP, Jéssica Bandeira, declarou que a esporotricose não é uma zoonose, mas devido a mudanças na cadeia epidemiológica ela se tornou uma doença com potencial zoonótico.

Sara Rafael, afirmou que a secretaria tem provocado o Ministério da Saúde e o Governo do Estado com relação a essa discussão. “Precisamos ampliar a discussão, o Estado precisa ser provocado. Não temos suporte laboratorial no município”. Ela ainda ressaltou que as políticas públicas da saúde precisam ser construídas com a união das esferas municipal, estadual e federal.

O vereador Anderson também manifestou a necessidade de sair do nível municipal o mais rápido possível, visto a necessidade de uma construção em conjunto.  

A protetora de animais, Lívia Mendonça, fez um apelo para que o Poder Executivo tome medidas cabíveis a curto prazo, pois os animais estão sofrendo e o quadro de infectados está aumentando dia após dia. Ela ainda fez um apelo às universidades e entidades de proteção animal para que promovam projetos e campanhas que auxiliem no tratamento e contenção da doença.

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