A discalculia é um transtorno de aprendizagem que geralmente se manifesta em crianças, que já estão em idade escolar. Elas têm dificuldade para pensar, refletir, avaliar ou raciocinar atividades relacionadas à matemática.
De acordo com a Associação Americana de Pediatria, de 3 a 6% das crianças em idade escolar têm discalculia do desenvolvimento, o que significa que, em uma sala de 30 alunos, um ou dois podem apresentar a condição.
A discalculia costuma estar associada à dislexia porque elas frequentemente aparecem juntas. Alguns pesquisadores acreditam que o grande índice de coexistência de dislexia e discalculia é uma consequência de fatores compartilhados por ambas as condições, como o déficit na memória de trabalho.
De qualquer forma, não se pode assumir que todas as pessoas com dislexia têm dificuldades em matemática ou que todas as pessoas com discalculia apresentam dificuldades de linguagem. A dislexia e a discalculia são reconhecidas como dois transtornos de aprendizagem distintos.
Alguns sintomas que podem estar presentes na discalculia:
– Dificuldade para estimar quantidades;
– Senso numérico fraco;
– Dificuldade para contar de trás para a frente;
– Dificuldade para entender o valor posicional de algarismos;
-Dificuldade para entender a função do número zero no sistema numérico hindu-arábico;
– Dificuldade para lembrar de fatos matemáticos básicos, mesmo tendo passado por muitas horas de prática;
– Esquecimento de estratégias matemáticas, principalmente de procedimentos longos com várias etapas, como a divisão de números grandes;
– Dificuldade para guardar números na memória de trabalho enquanto resolve problemas matemáticos;
– Ansiedade relacionada à matemática e qualquer outra atividade que envolva números;
– Lentidão para fazer cálculos;
– Habilidade de aritmética mental fraca em relação à idade ou ao nível de escolaridade;
– Dificuldade para aprender a ler as horas;
– Dificuldade para calcular o tempo.
No entanto, os sintomas só podem ser considerados de discalculia se a pessoa teve acesso ao ensino adequado, e se não apresenta nenhum outro quadro, como deficiência intelectual, transtornos emocionais ou psiquiátricos, dificuldades visuais ou auditivas. Por isso que por vezes o diagnóstico só é fechado após avaliação de equipe multiprofissional.
Não existe um único teste ou exame capaz de diagnosticar a discalculia, sendo, para isso, necessário que a avaliação envolva vários profissionais como psicopedagogo, professor, psicólogo assim como um pediatra que deve fazer avaliações específicas para confirmar o diagnóstico.
O tratamento para a discalculia deve ser feito em conjunto pelos pais, professor, psicopedagogo e em caso de necessidade psicólogo, e consiste em ajudar a criança a desenvolver estratégias que permitam contornar o seu problema.
O psicopedagogo utiliza recursos lúdicos e jogos para desenvolver as habilidades prejudicadas pela discalculia de forma prazerosa. Além disso este profissional acompanha todo o processo de aprendizagem da criança na escola, e busca orientar os professores quanto ao plano de ensino individualizado.
Simone Freitas
Psicopedagoga. Especialista em neuropsicopedagogia. Aplicadora ABA e DENVER II. Palestrante. Supervisora e mentora de psicopedagogos. Fundadora do Psicopedagogiando PE.
Coluna revisada por: Adeilza Ramos – Pedagoga
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Parabéns pelo excelente trabalho que tem ajudado a muitos profissionais e famílias.👏👏👏👏