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Saúde e Higiene íntima feminina no foco do debate da Delegada Gleide Ângelo

Falta de acesso a produtos básicos para a menstruação é mais comum do que se imagina

A Delegada Gleide Ângelo apresentou o projeto de lei Nº 2319, que assegura a inclusão de absorventes higiênicos nas cestas básicas e kits de higiene distribuídos pelo poder público em todo o Estado. A medida é uma alternativa para o enfrentamento à chamada pobreza menstrual, que se caracteriza pela falta de acesso a recursos, a infraestrutura e até mesmo pelo desconhecimento dos cuidados envolvendo o próprio corpo.

Esta é uma realidade enfrentada por, pelo menos, 12 milhões de mulheres em todo o país. De acordo com o relatório divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), 29% das mulheres consultadas já ficaram sem dinheiro para a compra de absorventes higiênicos, outras 33% não tem acesso a nenhum item desse tipo e mais da metade delas (66%), não têm água canalizada em seus domicílios ou vivem em casas sem ligação à rede de esgoto.

“O estudo da Unicef trouxe dados alarmantes, que comprovam o desrespeito e a violação da dignidade das mulheres. As mulheres aprenderam a se envergonhar e ficam constrangidas em falar sobre o próprio corpo. A menstruação é um processo natural, mas é encarado como um tabu: fruto de uma sociedade machista e patriarcal que deslegitima até o direito natural e biológico de ser mulher”, explica a parlamentar. Assim, a proposta da Delegada pretende inserir ao menos dois pacotes de absorventes higiênicos em todas as cestas básicas e kits de higiene pessoal entregues a mulheres ou a núcleos familiares compostos por, pelo menos, uma mulher.

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