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A importância da vacinação, PNI e ritmo acelerado das pesquisas

Doutoras em Saúde e Biologia explicam também o perigo dos movimentos anti-vacina   

No mês de junho, entre tantas outras comemorações, é celebrado em todo o Brasil o Dia Nacional da Imunização, criado sobretudo para lembrar a necessidade da vacinação. A coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade UNINASSAU Caruaru e doutora em Saúde Pública, Kelly Pessôa, explica a importância que a imunização tem para as pessoas e quais são as principais vacinas ofertadas para a população.    

“O Programa Nacional de Imunização (PNI) é um sucesso do Brasil e reconhecido no mundo. São mais de 300 milhões de doses anuais distribuídas em vacinas, soros e imunoglobulinas’’, explica ela. A coordenadora afirma que na rede básica de saúde, as pessoas contam com as vacinas de BCG, Hepatite B, Tríplice Viral, contra polimielite, Menigogócica C, Varicela, Influenza, Febre Amarela, Hepatite A, anti-rábica, entre outras.   

Já a professora do curso de Enfermagem da UNINASSAU Caruaru e doutora em Doutora em Biologia Aplicada a Saúde, Roberta Godone, afirma que a vacinação sensibiliza o sistema imunológico do organismo fazendo com que ele produza uma resposta imune e anticorpos específicos contra uma série de doenças capazes de acarretar a morte ou deixar graves sequelas na pessoa acometida.   

 “Entretanto, mesmo tendo um grande número de defensores, a vacina também atraiu uma quantidade significativa de pessoas que vão contra a sua utilização. Estamos passando pelo que chamamos de hesitação vacinal, em que algumas pessoas estão deixando de se vacinar e vacinar seus familiares e filhos por não acreditarem que essa é uma forma segura de proteção ou até mesmo por falta de informação”, alerta a professora doutora Roberta Godone.   

“Temos que lembrar que trabalhamos com Saúde Pública coletiva, e que um ato deste pode comprometer a saúde de toda uma população, com a volta de doenças já erradicadas e a disseminação de doenças antes controladas”, complementa a doutora Kelly Pessoa. Ainda segundo Pessoa, é importante cada vez mais campanhas de incentivo à vacinação, e que os pais e responsáveis devem, em caso de dúvidas, buscar informações oficiais e científicas, como em sites oficiais ou conversando com profissionais da saúde.  

Vacina, Covid-19 e o ritmo acelerado das pesquisas  

Segundo Kelly Pessoa, as vacinas nem sempre conferem imunidades de 100%, não só a do coronavírus mas outras, como a própria Influenza. Contudo elas atuam não só evitando que peguem a doença, como para que a doença não se manifeste de forma grave, visto que o sistema imunológico já está sensibilizado para combater o patógeno de forma mais efetiva.   

Sobre o ritmo de produção das vacinas na velocidade que aconteceu, a doutora em Saúde Pública afirma que isso demonstra o maior arsenal de conhecimentos e equipamentos que temos na atualidade, e está no Brasil respaldado pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) Nº 444, de dezembro do ano passado, que  traz a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra o Covid-19. “As vacinas são sem dúvida nenhuma a maior e melhor ação de prevenção para qualquer doença”, conclui Pessoa. 

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