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PF apreende carros e documentos em 2ª fase de investigação sobre fraudes em licitações de Timbaúba

A Polícia Federal (PF) apreendeu carros e documentos, nesta quinta-feira (20), dentro da segunda fase da operação que investiga desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro na cidade de Timbaúba, na Zona da Mata do estado. Ao todo, quatro mandados de busca e apreensão foram expedidos para endereços no Recife e em Timbaúba.

As investigações apontaram que, entre os anos de 2013 e 2016, houve fraudes nos processos licitatórios realizados pela prefeitura de Timbaúba para a aquisição de medicamentos e materiais odontológicos e hospitalares destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a PF.

Os mandados desta quinta têm como alvo empresários e “laranjas” ligados aos alvos da primeira fase, ainda de acordo com a corporação. Os nomes deles não foram divulgados. Dois veículos foram apreendidos no Recife, segundo a PF.

Em fevereiro deste ano, a primeira fase da Operação Desmame teve entre os alvos o atual prefeito da cidade e ex-deputado federal, Marinaldo Rosendo (PP), e Júnior Rodrigues, que também ocupou o mesmo cargo entre 2014 e 2016.

Rosendo já havia sido prefeito entre 2009 e 2013, mas renunciou para concorrer ao cargo de deputado federal. Rodrigues tentou a reeleição, mas não conseguiu.

Em nota, a prefeitura de Timbaúba informou que, embora não tenha recebido diligencias da Polícia Federal nesta quinta- feira (20), “se mantem à disposição para prestar esclarecimentos e colaborar com as investigações” e que aguarda a conclusão das investigações “para adoção das medidas cabíveis”.

Investigação

Há quatro anos, a Polícia Federal recebeu uma denúncia anônima sobre direcionamento em licitações, com favorecimento a uma distribuidora sediada em Timbaúba, e irregularidades na execução de contratos que contavam com aporte de recursos do Sistema Único de Saúde.

Um inquérito foi aberto depois de que a PF confirmou em parte a denúncia e obteve evidências de favorecimento à distribuidora.

A PF afirmou que seis das sete licitações investigadas entre 2013 e 2016 foram vencidas pela mesma empresa, com valores até 50% inferiores aos preços de referência que constavam nos editais. Ao todo, as licitações custaram R$ 7.916.744 aos cofres públicos.

Foram encontrados vínculos entre a empresa contratada e os políticos do município, com movimentações financeiras na casa dos milhões de reais, segundo a investigação. Após a primeira fase da operação, a PF identificou que o esquema contava com pessoas que atuavam como “laranjas”.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de fraude à à licitação, falsidade ideológica, peculato, lavagem de capitais e organização criminosa, conforme informou a polícia.

Na primeira fase da operação, a comunicação da Polícia Federal informou que o atual prefeito estava construindo um “mini castelo” e que era investigada a possibilidade de dinheiro desviado ter sido usado na obra.

Foto: Polícia Federal/Divulgação
Fonte: G1 Notícias

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