Mundialmente, no dia 13 de julho é celebrado o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), data criada com o objetivo de ampliar o acesso ao público de informações atualizadas sobre a temática.
Mas ao final, muita gente não sabe ao certo o que é TDAH, e muitas vezes a falta de informação sobre o assunto prejudica o diagnostico precoce.
TDAH, o que é?
O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um transtorno neurobiológico, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo até a fase adulta.
O TDAH é um déficit na capacidade da pessoa se autorregular e se autocontrolar, geralmente as pessoas reagem de forma impulsiva e demandam de maior esforço para se acalmar e refletir, além disso, elas possuem dificuldade no processamento das funções que incluem a memória operacional, a função da regulação emocional e a capacidade de resolver ou encontrar uma solução para fatos que afetem o seu cotidiano, por exemplo. Na atualidade, o TDAH é considerado um dos transtornos mais comuns em crianças e adolescentes (3 a 5% das crianças) que procuram auxílio dos serviços de psicologia e psiquiatria vêm manifestando esse transtorno, o qual possui tratamento, permitindo condições de vida normal às pessoas diagnosticadas.
Quais são os sintomas de TDAH?
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:
1) Desatenção,
2) Hiperatividade-impulsividade:
O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos.
Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos (“colocam os carros na frente dos bois”). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta.
FONTE: https://tdah.org.br
O TDAH possui tratamento?
Sim! E ele é feito através de uma equipe multidisciplinar com psiquiatra, psicólogo, pedagogo e os responsáveis pela criança. É de extrema importância que o profissional explique e eduque a família de como é a melhor forma de se portar na hora em que o paciente apresenta os sintomas, então, sempre que for para consulta com seu filho, não tenha receio de perguntar os mínimos detalhes, pois isso faz toda diferença no tratamento. Além disso, é importante que haja intervenções no âmbito escolar para garantir o melhor desempenho da criança.
Diagnóstico – Como podemos ajudar essas pessoas?
1 – Pessoas com TDAH, não são ‘mal-educadas’ ou ‘sem limites’. Em geral, elas extrapolam e se arrependem ou se envergonham quando são chamadas a atenção (exceto se tiverem TOD -Transtorno desafiador de Oposição- ou TC – Transtorno de Conduta). Portanto, é sim, importante que pais eduquem seus filhos com TDAH, estabelecendo regras e limites.
Eles terão mais dificuldades em cumpri-las, e nesse sentido, os pais devem ter paciência, mas não condescendência. É cansativo e não é fácil, desgastante para os pais em geral, que precisarão usar de toda sensibilidade e bom senso para discernir até que ponto se deve fazer pressão ou não, até que ponto a pressão é produtiva, e em que ponto a pressão pode piorar a condição da pessoa com TDAH.
2 – Estimular a criatividade;
3 – Estimular atividades de que gostam, porém, alternando com responsabilidades;
4 – Conceder intervalos de descanso no meio de tarefas maçantes;
6 – Reforçar positivamente o esforço em si, independentemente dos resultados;
7 – Fortalecer a autoestima; não fazer comparações com outras pessoas;
8 – Explicar as coisas por partes. Explicações curtas e diretas. Fale olhando nos olhos, faça-os repetir as instruções, e principalmente, não dê instruções em ambientes agitados e barulhentos.
9 – Busque não ser extremista, não dar punições ou chamadas com tons extremos.
10 – Tenha em mente que cada um é cada um. Observe, perceba, entenda aquela pessoa em suas especificidades e tente estimular o melhor que ela pode oferecer, respeitando suas limitações.
Dicas de Hoje:
Veja neste vídeo depoimentos de pessoas das mais diversas profissões, que possuem o transtorno e tem superado os sintomas, apesar das dificuldades. Entre elas, o ator, comediante e diretor Otávio Müller, que tinha personagens nos programas “Zorra” e “Entre Tapas e Beijos”.
LIVRO: JOÃO AGITADÃO.
Livro de Lia de Paula Moraes, psicóloga clínica, atuando há mais de vinte e cinco anos na rede pública de saúde no Rio de Janeiro, conta de forma lúdica episódios divertidos do cotidiano de uma criança hiperativa. Além de ser uma leitura agradável para todas as crianças, o livro ajuda aquelas muito agitadas e distraídas a se verem de uma forma mais positiva. Segundo o Dr. Miguel Chalub, deve ser lido também por pais, professores, pedagogos, médicos, pediatras, psiquiatras e psicólogos infantis.
LIVRO : MENTES INQUIETAS: TDAH: DESATENÇÃO, HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE.
Obra da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva que desmitifica o Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade retorna às livrarias em edição revista e ampliada Dificuldade para se concentrar, inquietação, impulsividade e muita energia. Os sintomas mais comuns do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) são bem conhecidos, mas como identificá-lo e saber a hora de procurar ajuda profissional? A Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva esclarece essas e muitas outras dúvidas em “Mentes inquietas”.
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Ler quebra paradigmas, faz com que tenhamos mudança de hábitos, fazendo muitas vezes com que a empatia floresça dentro de nós e –mais importante- nas nossas atitudes e ações. Boa leitura!
Excelente semana! Beijão, se cuidem!
Lorena Benitez
Informações bem relevantes para um tema e diagnóstico realmente comum nos indivíduos. Muitos chegam a velhice sem qualquer diagnóstico.
Excelente texto, minha amiga!
Isso mesmo, meu amigo!! O diagnóstico precoce é de extrema importância para o desenvolvimento da pessoa. Obrigada pelo seu comentário e pelo seu apoio. Um abraço na distância!